domingo, 14 de abril de 2013

Eu nunca quis ser jornalista

Eu nunca quis ser jornalista. Mas desde que entrei no curso, nunca quis não ser. Antes, odiava a mídia. Achava manipuladora, mentirosa, falsa e covarde. Mas sabe aquele amor bandido que nasce da implicância? Criticava tanto a mídia, que queria ver porque ela era assim, tão alienada. Eu li uma vez do escritor e intelectual Paulo Freire, que se você quer mudar de verdade alguma coisa, integre-se à ela. Sonho besta esse não? Querer mudar alguma coisa, quanta pretensão! Mas na verdade é isso mesmo, temos que pelo menos fazer nosso serviço direito e melhorar o que esta a nossa volta. A Universidade me enriqueceu nesse sentido, não aprendi a fazer jornalismo lá, isso não. Tu só aprende a fazer jornalismo e entender os processos midiáticos na prática. Não adianta. Mas a Universidade te abre a mente, mesmo que alguns achem que ela não serve para nada.Sim, uma pessoa muda muito suas concepções depois que sai do ensino superior.

Hoje me vejo formada em jornalismo, uma profissão tão complexa de lidar. É um sentimento dúbio de amor e ódio. Hoje eu nem sei o que o futuro me espera, trabalhei em 1 jornal. Por muitas vezes tive vontade de desistir e perguntava: o que eu estou fazendo aqui? Mas daí, o jornalismo cultural me flechou e já era. Eu sempre brinco que validei meu atestado de pobreza três vezes: primeiro que escolhi ser jornalista, segundo que me encaminhei para o jornalismo impresso e terceiro que cambei para o jornalismo cultural. É muita burrice para uma pessoa só. Ou seja, não gente, provavelmente vocês não vão me ver na televisão. Ok?

Mas independente disso, eu tenho um sonho! (I have a dream!). Que é trabalhar em um grande jornal. Vou ter que percorrer um bocado ainda para realiza-lo. Mas sonhar é de graça, então vamos lá. Pronto, agora vocês vão dizer que eu assinei meu atestado de pobreza quatro vezes. Mas é isso mesmo. Amor é assim, quando você é picado por ele, nada há de se fazer. Só peço uma coisa para vocês, meus poucos leitores. desejem-me sorte. Eu vou precisar.

Um dia de domingo

Há alguns anos eu acreditava que os domingos fossem dias para ser feliz, para sair, se divertir, comemorar algo. Mas hoje a realidade é bem diferente. Os domingos não passam de dias monótomos, chatos e cheios de incertezas. Ou será que fui eu que mudei? O tempo passa tão rápido que a gente nem se dá conta e apenas vai deixando as coisas acontecerem.
Sinto saudades de meus velhos domingos, quando ia aos campos, quando andava a cavalo, quando estava ao lado dele (porque ele sabia como me fazer feliz). E nem tudo dura para sempre. É por isso que as pessoas costumam dizer que as boas lembranças ficam em nossa memória, não há fotografia que expresse a verdadeira alegria de um sorriso ou de um olhar.
Sinto falta de passar o domingo com meu velhos amigos, bebendo ou conversando.
A gente cresce e a vida fica chata. Tem remédio para isso? Ah, deveria ter.
Porque tudo que eu queria agora era está lá (ao lado dele) e não aqui redigindo esse texto!!!




sexta-feira, 12 de abril de 2013

Vontade de não fazer nada, vontade de escrever, vontade de elaborar a 2ª edição do jornal, vontade de escrever..

Ah, vontade que não passa!



Se eu deixei de ver sentido
No que a gente tem vivido... perdoa
Sei que tenho te exigido
Ser melhor do que tem sido... perdoa

Se eu deixei de ver beleza
No que é teu de natureza... perdoa
Essa falta de clareza
É uma forma de defesa... perdoa

Eu não quero guerra, jogo, azar e mágoa
Mas a gente é terra, fogo, ar e água
Quando tem um lado meu que te alimenta
Outro quer te anular

Você diz acreditar nesse romance
Que a felicidade está ao nosso alcance
Se quiser que nada tenha sido à toa... perdoa!

[Pedro Mariano]